domingo, 24 de março de 2013

EDITORAS CONTRA A PESQUISA DA NOVA ESCRITA

   
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1 Obra sobre a concepção de Deus na vida humana. Um antropólogo ou talvez cientista, eventualmente filósofo, faz-se acompanhar por um cicerone e visita locais como centros da terceira idade, hospitais, manicómios, universidades e colóquios, considerando tais lugares susceptíveis, pela dor e pelo pensamento, de lhe fornecerem sinais concretos de um Deus manifestado. Este homem procura descortinar em tais núcleos (onde a dor é manifesta) justamente algo que se lhe revele como presença de Deus, até agora insondável por vias de contacto em pesquisas assim. O livro coloca o problema do livre arbítrio.

 
2 A Escola Superior de Belas Artes, agora Faculdade da UL, é primeiro vista por um aluno nos piores anos antes da "reforma de 57" -- a decadência, o rigor irracional, as aulas sombrias. Numa segunda parte do livro, esse aluno aparece já como docente da mesma Escola, lutando pela claridade, pelo enterramento dos segredos conventuais ou manobras sigilosas, vivendo entretanto a paixão da mudança de regime, após o "25 de Abril", enquanto navega num mar de gente e de faladores, todos procurando instaurar a verdadeira reforma do ensino das artes ao nível superior, sempre perante a obtusa visão das coisas por parte dos novos governantes, cegos à cultura nesses termos mas conquistando um caminho plausível após uma longa viagem de assembleias e lutas contra o muro da política. Ele sai, enfim, sem que ninguém repare no facto.  

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